segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

QUEM É O SEU PAI?

 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” João 8.44(ARA)
Durante o ano de 2010 a cena política em Brasília estava em polvorosa. Nuvens escuras e carregadas permaneciam sobre o telhado de vidro da esplanada dos ministérios. Os trovões e relâmpagos anunciavam a chuva torrencial que se estava formando. Mas o que era ruim sempre pode piorar. Alguém resolveu atirar uma pedra. O telhado trincou. Depois veio uma saraivada delas. Então o teto estilhaçou-se caindo ruidosamente. Denúncias veiculadas na imprensa pipocavam aqui e acolá. Mostravam ministros de Estado imiscuídos nas falcatruas mais escabrosas. O circo midiático firmou as estacas das suas tendas junto às portas dos gabinetes ministeriais. Todos queriam captar a fala dos ministros ou de alguém pertencente ao seu séquito. As explicações pululavam. Eram contraditórias, inconsistentes, inverossímeis, incríveis. O barco estava afundando. A Presidência da República precisava agir. E agiu. Promoveu uma “faxina” em Brasília. Demitiu uns e aceitou o “pedido” de outros. Um dos que foram flagrados neste escândalo recebeu maior atenção da imprensa nacional: o ministro-chefe da Casa Civil — outrora chefe da pasta da Fazenda nos primeiros anos da gestão anterior. Este senhor era reincidente nas mentiras. Havia caído no passado por causa delas. E agora repetia a dose. Resultado: a moribunda credibilidade política tombava diretamente no jazigo da opinião pública.
Os judeus resistiam peremptoriamente ao ensino de Cristo — replicavam a tudo o que Ele dizia. Contudo, sua tréplica era consistente, verossímil, crível, verdadeira. O Senhor não relativizava a verdade. Jesus era a Verdade corporificada. Os adversários procuravam apanhá-Lo nalgum erro. Nada. Tentavam induzi-Lo a falar dolosamente. Fracasso.  Até ousaram manchar a reputação do Filho de Deus com várias mentiras. Mas para decepção dos maldizentes, Jesus só falava o que ouvia do seu Pai. O caráter e conduta ilibados do Mestre emudeciam as vozes contrárias (Jo. 8.46, At. 10.38).
Neste capítulo, O Senhor Jesus defende a própria autoridade e reclama para si a paternidade de Deus. Os judeus, por seu turno, dizem ser Abraão o pai deles. Todavia, O Cordeiro de Deus protesta dizendo que, se fossem filhos do amigo do Todo-Poderoso, ouviriam o ensino de Jesus e as obras dos tais seriam semelhantes às do patriarca hebreu. A entrevista atinge o clímax, o Senhor revela a todos quem é o legitimo pai de parte do ajuntamento que lhe ouvia: o diabo. O Mestre segue explicando que o líder dos espíritos imundos é homicida e mitômano. Incapaz de dizer a verdade ou permanecer nela. Afinal, é da natureza de satanás mentir e destruir. Estado irremediável. 
Com efeito, os judeus se enfurecem, rangem os dentes. Quem não ficaria transtornado se chamado mentiroso e filho do “coisa ruim”? Ou quem aceitaria receber, em sã consciência, este epíteto macabro? Ninguém. Todavia, Jesus não doura a pílula — quem não dá ouvidos às suas palavras é cria do príncipe das potestades do ar. Portanto, estas pessoas se esforçarão para fazer as obras deste pai maldito. A própria natureza irá conduzi-las neste processo de mentiras sem fim. Todos estão sujeitos a esta prática perversa. E ao tentar justificarmo-nos aos olhos de Deus, a situação piora ainda mais. São as célebres contradições. Somem-se a isso as reincidências na maldade.
Porém, é possível quebrar essa “maldição hereditária”. Cabe ao ouvinte/leitor baixar a guarda, reconhecer suas faltas, depor as armas, aceitar a verdade proferida por Cristo, recebê-lo como seu Senhor e Salvador pessoal e deixar o mal para trás. Desta forma, sua natureza será mudada. Você ganhará um novo Pai. E no fim dos tempos, irá escapar da “faxina” que o Governo Celestial fará na segunda vinda de Jesus Cristo à Terra.


                 

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