quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A PRESENÇA DO FACEBOOK NAS AÇÕES DE DIVÓRCIO NO REINO UNIDO

A fidelidade é o elemento ético que realça o amor natural.
Emil Brunner


O Facebook está no banco dos réus. O site Divorce online divulgou recentemente dados chocantes sobre as ações de divórcio no Reino Unido. Em 33% dos casos foram encontradas menções a palavra Facebook. A rede social desfila na condição de ferramenta utilizada para flagrar os puladores de cerca. Mas, o fenômeno não é exclusividade de europeus. Pelo contrário, está mais para uma endemia universal. Ele se espraia por praticamente todos os demais continentes onde a rede social aportou. As mentes mais apressadas podem inferir que a rede seja uma das pragas descritas no apocalipse. Um mal disfarçado de bem devidamente desmascarado a tempo. Ledo engano. O Facebook nem de longe é o culpado nesta história. Sua contribuição se limita a trazer a lume o que outrora era quase imperceptível aos olhos. Sabido apenas pelos murmúrios maldosos aqui e acolá na vizinhança, na linha de produção, no refeitório, banheiros, pontos de ônibus, clubes, nas casas durante visitas desinteressadas; e claro, agora, nos acessos a rede mundial de computadores.


Na verdade, o protagonismo nesta tragédia cabe ao espírito imorigerado de homens e mulheres e sua velha amiga chamada infidelidade. Cada vez mais impelidos por conteúdos excessivamente sexistas presentes em praticamente quase tudo: TV, rádio, revistas, internet, música (?), moda, livros, filmes, etc. Senor Abravanel, - Silvio Santos se você preferir-, ícone da televisão tupiniquim, disse numa entrevista anos atrás que o se o povo queria ver baixeza, então que seja!O autor do acre livro de Eclesiastes e monarca-filósofo Salomão há séculos concluía que os tempos mudam, mas os homens são sempre os mesmos...


O Ministério da Justiça demorou um pouco, mas notou queo sistema de bom senso dos Ceos das comunicações caminhava para um colapso. E decidiu agir depois da pressão exercida por inúmeros setores da sociedade. Não por acaso no início dos programas exibidos na TV brasileira vemos uma instrução na parte de baixo do vídeo alertando os telespectadores para a faixa etária do público-alvo. É um paliativo? Sim. Porém já é alguma coisa. Todos sabemos que as fantasias sexuais mais perversas de muitos acabam se materializando com a ajuda desse circo erótico.


Quando o Senhor nosso Deus instituiu o casamento nos primórdios da humanidade ele fê-lo abençoando o casal primevo com o sexo. O escritor Mark Twain certa vez disse:


“Das delícias que o ser humano mais preza neste mundo, a melhor é o sexo; não é à toa que tenha começado no Paraíso.”


O sexo não é feio, não é repulsivo e nem pecaminoso. Ele é bom. Muito bom. Obviamente se desfrutado em concordância com os parâmetros da palavra de Deus. Fora deles o homem se torna um animal sem freios morais reagindo à vileza das paixões mais ignóbeis. A indústria do “entretenimento adulto” que o diga. Até hoje todos aqueles com quem conversei e cuja filosofia de vida dá de ombros para as verdades divinas neste assunto eram incrivelmente ‘bagunçados’...Um deles (casado) disse-me que‘pegar’ a mulher de outros era como escalar uma montanha, dava-lhe prazer quase indizível. À época eu não era cristão, no entanto aquilo calou fundo dentro de mim. Especialmente porque o marido traído, cútis morena, trabalhador, cumpridor dos seus compromissos, entrando na meia-idade e calvície acentuada brincava com seu filho ainda pequeno nas águas de um balneário a poucos metros de onde nós estávamos conversando; num instante, sem aparente razão, fitou-me por alguns segundos e esboçou um amistoso sorriso tímido acompanhado de um cumprimento com a cabeça. Eu tinha dezoito anos, e hoje com trinta e um a imagem daquele senhor resiste bravamente na minha memória. Talvez como mecanismo de prevenção e alerta.


Estou absolutamente convicto de que o casamento não é para amadores, muito menos para aventureiros. Ele só pode ser sustido no amor que as almas conjugadas nutrem diariamente. Amor deve ser fogo imorredouro. Amantes féis, da rotina cotidiana extraem belezas. Reinventam mundos. A dois singram os mares esmeraldinos da paixão sob um clima tropicalmente gostoso. Na tempestade âmbar reforçam seus laços. Embriagam-se dos licores do amor preparados pelo inigualável poeta e Senhor Todo-Poderoso. Eles têm um caso mantido vivo por causa do amor natural que ambos guardam desde o dia que “a luz dos olhos meus encontraram a luz dos olhos teus.”


Não, o casamento não é para amadores.

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