domingo, 15 de janeiro de 2012

A GRANDE CASA DE DEUS

Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!
A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.
Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.
Bem-aventurados os que habitam em tua casa louvar-te-ão; continuamente. Salmo 84.1-4

Inegavelmente o livro de Salmos é o mais querido da maioria dos leitores da bíblia. E não é difícil entender a razão deste apreço. Nele encontramos as emoções e sentimentos mais comuns a todos nós. Os versos deste livro desnudam a alma humana e estreitam os laços entre escritor e leitor. Amores, alegrias, decepções, tristezas. Está tudo registrado sem cortes, adaptações ou eufemismos. 
O salmo em apreço um é um hino ao santuário de Deus, o templo do Senhor, à vida na comunidade de Deus.  Nele encontramos versos encharcados de alegria pelo fato do salmista poder habitar no templo de Deus e cantar louvores a Ele juntamente com seus iguais.  Isso contrasta fortemente com o que estamos vendo acontecer na Europa onde templos estão sendo fechados para dar lugar a restaurantes, cinemas e teatros. Em solo brasileiro semelhante fenômeno começa a se manifestar ainda timidamente. Pessoas deixam para trás o templo de Deus escoradas nas mais diferentes escusas. Algumas abraçaram o mundanismo, outras sofreram experiências amargosas e não conseguem romper com os grilhões do ressentimento. Simplórias no raciocínio julgam ser tudo igual em qualquer lugar. Perspectiva muito distante da realidade.
A bem da verdade o templo, o santuário, perdeu relevância para elas. Creem que para Deus também.
Quando o jovem rei Salomão inaugurava o templo projetado pelo seu falecido pai Davi algo incomum marcou a vida de todos os presentes àquele evento singular: a glória do Deus eterno desceu sobre o ambiente como sinal de aprovação do Senhor. Ainda mais, Salomão ouviu Deus lhe dizer que seus olhos e ouvidos estariam atentos às orações e súplicas feitas ali. 
Séculos depois o próprio filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo que veio a Terra salvar o homem da condenação eterna, renovou a importância do culto a Deus no templo com sua ida a aquele lugar para adorar seu Pai com seus patrícios. Não obstante, Jesus esteve inúmeras vezes em sinagogas, as "igrejas" daquele momento. Anos depois da morte, ressurreição e assunção de Cristo aos céus, vemos os primeiros cristãos reunindo-se ALEGREMENTE no templo até o momento em que isso lhes foi permitido. 
Se avançarmos mais um pouco pela história, vamos encontrar mais exemplos que ratificam a importância do santuário de Deus pelo próprio Deus.
Phillip Yancey premiado escritor viveu os dois lados da questão: afastou-se do templo por longos anos, mas retornou por sua própria vontade. E chegou a conclusão de que ainda não inventaram nada melhor do que estar no templo de Deus, no meio da comunidade de Deus, mesmo que ela ainda guarde imperfeições inexoravelmente humanas.
Agostinho disse em sua obra Confissões, que nossa alma não descansa enquanto não repousar em Deus. Se até mesmo os pardais e as andorinhas, pássaros comuns, encontraram casa e segurança junto aos altares de Deus, não há dúvida de que nós também encontraremos. Não somente isto, também a graça, a misericórdia, a benção, o perdão e a bondade de Deus num templo ou santuário onde não se mercadeja a palavra de Deus, nem se espoliam os pardais e andorinhas de Deus. Antes onde recebemos ZOE, palavra de origem grega que significa: VIDA QUE É NATUREZA DE DEUS. Esse lugar existe e está bem perto de você.
Que a graça, a misericórdia e o amor de Deus lhe persigam hoje e sempre!    
Ore: Pai dá-me a benção de permanecer nos teus átrios mesmo diante dos infortúnios da vida. Ajuda-me a firmar meus passos de maneira que eu não me desvie de Ti. Para tua glória peço isto e em nome de Jesus.  Amém.

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